quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Rita Benneditto volta ao Rival com o show Tecnomacumba nesta sexta (24/01)



O ano de 2003 representa um marco na vida de Rita Benneditto. Na ocasião, a cantora maranhense, cujo timbre é um dos mais expressivos da MPB, estreava um show no qual jogava luz sobre aspectos da nossa ancestralidade – e que muito dizem da nossa identidade enquanto Cultura e Nação. O show era o Tecnomacumba e o nome não poderia ser mais apropriado. No repertório, pontos e rezas ligados às religiões de matrizes africanas mesclados a temas da MPB, de autores como Gilberto Gil e Jorge Ben, em que entidades-símbolos da nossa fé são louvados/evocados.

Tudo isso apresentado com arranjos modernos, em roupagem eletrônica, que saía então dos clubes e ganhava de vez as pistas mundo afora. E a iniciativa rendeu frutos: 1) são três os registros, um de estúdio e dois ao vivo, sendo um deles em DVD); 2) foi longe (até em Dakar, no Senegal, o show já foi visto); 3) rendeu prêmios como o Rival Petrobras (show) e o da Música Brasileira (melhor cantora). Por uma coisa a artista não esperava: que o show seria apresentado durante 17 anos. E, em 2020, não dá sinais de esmorecer. Tanto que, a pedido do público, a cantora volta ao Rival, nesta sexta (24).

Com o show, Rita provou que o elo que une nossa música à eletrônica tem como alicerce o bater do tambor. Dos tambores, melhor dizendo, cujos ecos reverberam para além dos terreiros, passando pelas patuscadas e rodas de samba (de roda) que animam os Fundos de Quintal (em maiúsculas e com trocadilho) de aqui, no Recôncavo ou nos rincões do Brasil. Acontece que um show é também um organismo vivo. E pulsa.   Ao longo desse tempo, não se manteve estático. Não em se tratando de Rita Benneditto. O show amadureceu – assim como sua intérprete – e possibilitou a ela experimentar, ousar e, por que não?, reinventar-se.

E as transformações são em muitos aspectos. O mais nítido deles talvez seja o repertório, que foi dando lugar a temas e canções como “De mina” (Josias Sobrinho), “Mamãe Oxum" (Domínio Público) e, a mais recente delas, “7Marias”, composição da própria Rita em parceria com Felipe Pinaud e lançada em 2018, quando o show completou 15 anos. Hoje o videoclipe "7Marias" está prestes a ultrapassar a marca de 1 milhão de visualizações.

Outra das transformações pelas quais o show passou é em relação à sonoridade. A banda Cavaleiros de Aruanda, que acompanha a artista desde a estreia do projeto, conta agora com os músicos Fred Ferreira (guitarras e vocais), Junior Crispim (percussão e vocais), Fabinho Ferreira (baixo e vocais) e Ronaldo Silva (bateria, programação e vocais).




Serviço: Rita Benneditto / Teatro Rival Refit / Rua Álvaro Alvim, 33/37, Centro/Cinelândia, RJ / Data: 24 de janeiro (sexta-feira) / Horário: 20h / Abertura da casa: 19h / Ingressos:  Mezanino A/B R$100,00 (inteira) R$80 (promoção para os 100 primeiros pagantes) Pista R$80 (inteira) R$60  (promoção para os 100 primeiros pagantes). Venda antecipada: http://bit.ly/TeatroRival / Bilheteria: Terça a Sexta das 13h às 21h e Sábados e Feriados das 16h às 22h / Censura: 18 anos / Informações: (21) 2240-9796 / Capacidade: 350 pessoas / Metrô/VLT: Estação Cinelândia.

 *Meia entrada: Estudante, Idosos, Professores da Rede Pública e Funcionário Refit


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