Em cartaz até 1º de dezembro, mostra celebra 40 anos de carreira da artista plástica alagoana |
A artista plástica alagoana Marta Arruda, 66 anos, vem produzindo esculturas abstratas e painéis em aço ao longo de quatro décadas. É com muita criatividade que transforma a dureza do material bruto em obras singulares de metal-arte. Com mais de 50 peças de várias de suas fases, a exposição gratuita MARTA ARRUDA: 40 ANOS DE ESCULTURAS terá uma programação especial no dia 8 de novembro, com a luminosa presença de Marta - ela ainda não esteve na mostra comemorativa. Nesse dia 8, a artista estará à frente de uma visita guiada às 16h, de uma Oficina de Modelagem Lúdica e Sensorial às 17h, na qual apresentará o seu processo criativo e vai direcionar a produção de maquetes em fio rígido e cartolinas coloridas, e do lançamento do catálogo impresso da exposição às 19h. Tudo de graça para o público! "A visita guiada será uma viagem no tempo. Cada obra me trará uma lembrança boa de momentos diferentes. Já a oficina vai ser uma oportunidade de demonstrar, com outros materiais, a técnica que utilizo para criar as obras em metal. Também pretendo descrever o processo de produção desde a escolha do material até a finalização, além de falar um pouco de minha trajetória até os dias de hoje", avisa ela. A peça candidata, Novo Horizonte - das raríssimas com título -, foi selecionada para participar no Salão, em 1987, que ela considera um marco da sua carreira profissional. Desde então, Marta vem produzindo metal-arte, com peças de variadas formas abstratas, que saem da sua imaginação e viram obras singulares - obras que estão espalhadas em vários locais de Alagoas e do Brasil, em acervos de colecionadores ou criadas sob encomenda. A inspiração de Marta vem do próprio fazer. "Dominar o aço e vê-lo ganhar novas formas é bastante prazeroso para mim. Olha, eu não sei desenhar, nem sei fazer um layout ou coisa do tipo, mas quando pego as chapas, sejam cortadas ou inteiras para que eu mesma corte, faço isso com muita intimidade. É um momento muito nosso, meu com o aço. Depois de pronta, a arte, percebo que consegui passar muito do que sentia", explica. Elogiada por Ferreira Gullar Ao entrar em contato com o mundo da solda, a artista começou a criar objetos de formas diferentes que cativaram olhares experimentados, como o do poeta Ferreira Gullar (1930-2016), que escreveu: "Marta Arruda partiu do ponto básico, que foi dominar o material e evoluir seu emocional, criando a partir deste, seu domínio. Pôr a poesia em ação. Poesia viva. Afinal, o que é vivo, é comovido e o que não é vivo, pode ser o mais estranho que for, é acadêmico". Artesã de material incomum, lançou mão de todo o seu conhecimento técnico, usando esmerilhadeira, maçarico e máquina de solda, para transformar a concretude do aço em "poesia viva". E a arte de Marta Arruda está carregada de paixão - paixão que rende agora, no Rio de Janeiro, esta mostra comemorativa. Aos visitantes da exposição MARTA ARRUDA: 40 ANOS DE ESCULTURAS, a artista avisa: "Essa exposição na CAIXA é um presente muito valioso. E que oportunidade única comemorar esses 40 anos, uma data tão especial, em grande estilo: recebendo os olhares do público carioca. O que quero mesmo é despertar o interesse de cada um pelo sentido da arte na vida". PROGRAMAÇÃO EXTRA NO DIA 8 DE NOVEMBRO: Visita guiada com artista às 16h; Oficina de Modelagem Lúdica e Sensorial com Marta Arruda às 17h; Lançamento do catálogo, às 19h: com retirada de senhas gratuitas 30 minutos antes de cada atividade. MARTA ARRUDA: 40 ANOS DE ESCULTURAS, serviço: CAIXA Cultural Rio de Janeiro | Unidade Passeio Rua do Passeio, 38, Centro do Rio Galerias 1 e 2 Visitação: Até 1º de dezembro de 2024. De terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 11h às 18h Entrada gratuita Livre para todos os públicos Fotos da expo: Monica Ramalho / Divulgação Foto da Marta: Flávia Correia / Divulgação |
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